Em 1977 uma banda inglesa, mais especificamente de Manchester, apresentava uma nova sonoridade para o mercado musical. Entre David Bowie e Sex Pistols, surgia o Joy Division. Uma banda que destoava entre as outras por apresentar letras sensíveis e profundas sobre os conflitos internos do ser humano. E o responsável pela composição dessas músicas era o vocalista Ian Curtis. O diretor e fotógrafo holandês Anton Corbijn (http://www.corbijn.co.uk/) dirige seu primeiro longa que não poderia ser sobre outra coisa senão a banda que ele conheceu e admirava tanto. Anton é conhecido pelo seu trabalho como fotógrafo no meio musical, que inclui capas de revistas e CD’s de bandas como U2, REM, Depeche Mode, entre outros.
Control é um filme biográfico que possui um tom de respeito pela figura ali exposta. Isso se deve ao fato de seu diretor ter uma profunda admiração por Ian e pelo seu trabalho junto ao Joy Division. O tom do filme é propositalmente um pouco superficial no que se refere aos conflitos mais íntimos do personagem principal. O diretor opta em fazer com que a dramaticidade aconteça através da fotografia, tonalizada em preto e branco, transformando a composição das imagens não só como o pano de fundo da história, mas quase que como uma forma de narrativa paralela. Devido a sua profissão como fotógrafo e a sua relação com a banda, isso pode ter acontecido de forma até inconsciente para Anton. Inconsciente ou não, é perceptível que o filme reverencia Ian e toda sua complexidade como ser humano.
O filme ganha também com a atuação de Sam Riley, cuja semelhança física com Ian é surpreendente. Além do fato de que a banda e o ator realmente cantam, e não dublam, as músicas do Joy Division. Deborah Curtis, esposa do Ian, é vivida por Samantha Morton, e é no livro dela que é baseado o filme de Anton. Uma outra produção vem acompanhando Control, trata-se do documentário Joy Division, do diretor Grant Gee, em que o próprio Anton aparece como um dos entrevistados. Ou seja, para os fãs da banda, ou para aqueles que gostam de uma boa música, essa é uma ótima oportunidade de relembrar, ou conhecer um pouco mais a fundo a história de uma banda que inovou o meio musical e influenciou tantas outras bandas inglesas que surgiram posteriormente.
Control é um filme biográfico que possui um tom de respeito pela figura ali exposta. Isso se deve ao fato de seu diretor ter uma profunda admiração por Ian e pelo seu trabalho junto ao Joy Division. O tom do filme é propositalmente um pouco superficial no que se refere aos conflitos mais íntimos do personagem principal. O diretor opta em fazer com que a dramaticidade aconteça através da fotografia, tonalizada em preto e branco, transformando a composição das imagens não só como o pano de fundo da história, mas quase que como uma forma de narrativa paralela. Devido a sua profissão como fotógrafo e a sua relação com a banda, isso pode ter acontecido de forma até inconsciente para Anton. Inconsciente ou não, é perceptível que o filme reverencia Ian e toda sua complexidade como ser humano.
O filme ganha também com a atuação de Sam Riley, cuja semelhança física com Ian é surpreendente. Além do fato de que a banda e o ator realmente cantam, e não dublam, as músicas do Joy Division. Deborah Curtis, esposa do Ian, é vivida por Samantha Morton, e é no livro dela que é baseado o filme de Anton. Uma outra produção vem acompanhando Control, trata-se do documentário Joy Division, do diretor Grant Gee, em que o próprio Anton aparece como um dos entrevistados. Ou seja, para os fãs da banda, ou para aqueles que gostam de uma boa música, essa é uma ótima oportunidade de relembrar, ou conhecer um pouco mais a fundo a história de uma banda que inovou o meio musical e influenciou tantas outras bandas inglesas que surgiram posteriormente.
Comentários
Suas análises cinematógraficas estão ficando cada vez mais profissionais.
Sua percepção sobre a 7ª arte faz com que nós "meros assistidores de filmes", fiquemos mais atentos aos detalhes que você descreve tão simplesmente.
ADOREI!
PARABÉNS!
Beijos, Amália.
Beijinhos sempre!
Carol
Ainda não tive oportunidade de assistir a "Control". Faz um tempo que ando procurando-o para dar uma conferida, mas ainda não consegui. Pretendo ver em breve.
Abraços.