O Curioso Caso de Benjamin Button



Fascinante! Essa é a melhor palavra para definir essa obra prima dirigida por David Fincher, que aliás vem se destacando cada vez mais, tanto pelo seu perfeccionismo nas imagens filmadas, como pelas temáticas interessantes de suas produções. Basta relembrarmos rapidamente da sua filmografia: Alien 3 (1992), Seven (1995), Vidas em Jogo (1997), Clube da Luta (1999), Quarto do Pânico (2001) e Zodíaco (2007).

No início do filme conta-se a história de um relojoeiro que perdeu seu filho na guerra e constrói um relógio que anda para trás. Em seu discurso, ele diz que fez o relógio dessa maneira para que fosse possível voltarmos no tempo e fazer com que os pais, que perderam seus filhos na guerra, os tivessem de volta. Essa breve história funciona como uma espécie de prefácio e de gancho para a história que está por vir. Baseado num conto de F. Scott Fitzgerald, o filme narra a saga de Benjamin, um neném que nasceu com a idade de um velho e que com o passar dos anos vai rejuvenescendo.

Brad Pitt interpreta de maneira sutil e serena um personagem muito especial, um menino num corpo de um velhinho. E não é isso que dizem, que quando envelhecemos voltamos a ser criança? No caso de Benjamin isso foi realmente levado a sério, tanto que sua melhor amiga e futura amante é Daisy, que ele conhece quando ela ainda era uma criança, assim como ele. Porém, a amizade dos dois é difícil de ser compreendida pelas pessoas, já que por fora Benjamin aparenta um senhor de idade avançada. Mas, como o tempo de Daisy está indo para frente e o de Benjamin para trás, então previmos que eles se encontrarão no meio do caminho, no meio das suas vidas, no momento certo. Enquanto isso Benjamin vai vivenciando aventuras e experiências que lhes acrescentam quanto um jovem velho ser humano.

Durante mais de duas horas de projeção, o filme não se mostra arrastado e nem cansativo. Pelo contrário, tem um ritmo apropriado para que fiquemos completamente hipnotizados e fascinados por essa delicada e emocionante fábula que fala sobre o amor, o tempo e a vida como uma experiência única de cada um de nós. O final do filme faz com que questionemos a lógica cronológica das nossas vidas, afinal os seres humanos são os únicos seres vivos que têm consciência da própria morte. Porém se o nosso ciclo de vida terminasse onde começamos, talvez fosse menos difícil lidarmos com a nossa própria partida.

Comentários

Anônimo disse…
Larissa,

Fiquei super curiosa para ver o filme, só de ler seu comentário.
Agora compreendo porque este filme está cotadíssimo para o Oscar 09.
Como sei de seu gosto apurado e crítico sobre os filmes,
Pelo que percebí é um filme que trata sobre o tempo. Esse santo remédio para nossos males.
Certamente assistirei ainda neste final de semana.
Valeu a dica.
Beijos,
Maria Amália Queiroz Bello
Vila Velha - ES.
Anônimo disse…
Larissa,

Já estava curiosa para assistir a essa filme. Agora então, após ler sua sinópse, aguçou mais ainda a minha curiosidade.
Como sei do seu gosto apurado e crítico sobre os filmes, deve ser uma verdadeira obra prima mesmo!!
Assistirei neste final de semana.
Valeu a dica!!
Beijos,
Maria Amália Queiroz Bello
Vila Velha - ES.
Este comentário foi removido pelo autor.
Leurys,

Ainda estou estasiada com o filme. Assisti ontem à noite e durante todo o dia me pego pensando nele. Que delicadeza essa direção!!! Não vi muitos filmes indicados este ano, mas acho difícil ter um filme tão coeso como este. Direção, roteiroadaptado, direção de arte, maquiagem, trilha sonora...
Bom, vou ficar na torcida, pelo filme e pelo blog (adoooro)!
bjocas
Anônimo disse…
Lari,

Olha eu aqui outra vez!
Mas agora, para registrar que assisti o filme e achei de uma sensibilidade incrível.
A serenidade do personagem de Brad Pit é fantástica.
Bem, somente assitindo para entender!
ADOREI!
E agora, percebí ainda mais que sua sinopse ficou perfeita.
Bjs,
Amália.